O Poderoso Chefão (Livro)

23 de abril de 2010 2 Por Ventura

“Don Vito Corleone era um homem a quem todos corriam em busca de auxílio, e quem o fizesse jamais se desapontava… Ele não precisava ser amigo da pessoa, nem esta precisava ter meios de pagar-lhe o favor recebido. Apenas uma coisa era necessária. Que a pessoa, a própria, proclamasse sua amizade. Então, não importava o quão pobre ou impotente fosse o suplicante. Don Corleone se encarregaria de resolver-lhe os problemas… Sua recompensa? A amizade, o reverente título de “Don” e, às vezes a saudação mais carinhosa de “padrinho”…”

Publicado em 1969 o romance “O Poderoso Chefão” é um relato ficcional sobre a organização da máfia. Narrado dentro da casa da família Corleone, mostrando a máfia à partir de seu lider, aquele que recebe o título de “Don”. A história é narrada em terceira pessoa pelo talentoso Mario Puzo, que anos depois de publicar tal obra, veio a produzir o roteiro para o filme homônimo; é um livro denso, com cerca de seiscentas páginas, excitante durante toda a sua história, narrando desde festas do sólido império de Don Vito, até pequenos detalhes sobre sua vida e de seus filhos.
É comum que pessoas optem por assistir filmes ao invéz de ler livros, já que o cinema é uma mídia mais flexível e acaba por não tomar tanto tempo e esforço do público; porém, no caso de “O Poderoso Chefão”, o livro se torna uma leitura obrigatória para qualquer um que tenha se interessado pelos filmes dirigidos por Francis Ford Coppola, extendendo à história do “Padrinho” desde detalhes sórdidos, como as aventuras amorosas de seu filho mais velho, até momentos mais elétricos como o trecho no pedágio ou o jantar de Michael Corleone com Virgil Sollozo e o Chefe de Polícia, descritos aos mínimos detalhes, permitindo que o leitor sinta em cada palavra as imagens se formando em sua cabeça, cada sorriso falso de Michael, cada gesto mínimo e seco de Don Vito.

É um livro para se saborear lentamente, embora seja de leitura fácil e empolgante, é talvez o melhor relato de um mundo ficcional dentro da realidade, trás ao leitor o cheiro da Nova York das décadas de 40 e 50, trás à mente as imagens do amor do “Padrinho” por sua família e da violência sem limites dos seus subordinados.

Por trás de toda grande fortuna há um crime. – Honoré de Balzac.

Recomendado por ser uma óbra fantástica por sí só, narrada perfeitamente sem problemas de ritmo; enriquece muito o conteúdo do filme e do Jogo Homônimos.

Nota final 10 em 10.

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